sexta-feira, 15 de maio de 2009

NÃO FAREI DO SONHO



Não
Não farei do sonho a ponte
Nem quero que seja a miragem
Ou lua de qualquer terra
De um universo esquecido

Não
Não quero que o sonho
Seja a febre que se deseja
De uma loucura sem nome
Ou estrela de constelação
De um espaço por habitar

Não
Quero é que este meu sonho
Seja apenas sonho
Um sonho a rebentar como vulcão
Nas entranhas de qualquer monstro

Quero que este meu sonho
Seja apenas sonho
A respirar certezas
Em cada aurora da memória

Que seja apenas sonho
A arder em silêncio
Em cada gruta da minha existência
Que seja apenas
Que seja simplesmente
Sonho

O meu sonho e nada mais

Que seja apenas
Que seja simplesmente
Sonho
Enquanto houver mar
Para navegar

1 comentário:

Ana Casanova disse...

Que o teu sonho seja sempre sonho como o mar é infinito...