FADO MESTIÇO
Cantarei Lisboa e o Tejo
com a mesma batida dos batuques
com que cantarei Lubango e a Leba
Com o kissange e a guitarra tocarei um fado
um fado que fale das casas de adobe
das ruas e vielas da Madragoa
Debaixo da mulemba
comendo muzongué
falarei das madrugadas e dos amanhãs
Na tasca do Bairro Alto
comendo caldo verde
verei a mulata a dançar
Debaixo da mulemba beberei maruvo e vinho novo
e falarei de um povo
que não quer mais tristeza pobreza e saudade
domingo, 8 de agosto de 2010
FADO MESTIÇO
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2 comentários:
Acho lindíssimo este poema!
Dois países, dois amores, duas realidades que se fundem.
Um beijo, Francisco.
És um grande poeta. Coleciono palavras e imagens. As suas já fazem parte da minha coleção. Abraço
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